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Conteúdo 1
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA, CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO, BIBLIOGRÁFIAS INDICADAS.

Caro Aluno
Seja bem vindo.
Nesta nossa disciplina trataremos de assuntos como, escolas precursoras da ciência econômica, noções básicas de economia, introdução à microeconomia, introdução à macro economia, setor externo e a economia aplicada ao direito. Com o objetivo de principalmente através de conhecimentos teóricos e de teorias econômicas gerar capacidade no aluno para expor um juízo de valor em relação ao cotidiano da economia e interpretar estudos de caso reais econômicos com expectativa que você aprenda bastante.
Considerando-se que será você quem administrará seu próprio tempo, nossa sugestão é que você dedique ao menos “2” horas por semana para esta disciplina, estudando os textos sugeridos e realizando os exercícios de auto avaliação. Uma boa forma de fazer isso é já ir planejando o que estudar, semana a semana.
Para facilitar seu trabalho, apresentamos na tabela abaixo, os assuntos que deverão ser estudados e, para cada assunto, a leitura fundamental exigida e a leitura complementar sugerida. No mínimo você deverá buscar entender bastante bem o conteúdo da leitura fundamental, só que essa compreensão será maior, se você acompanhar, também, a leitura complementar. Você mesmo perceberá isso, ao longo dos estudos.
a – Conteúdos (assuntos) e leituras sugeridas
Assuntos/módulos
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Leituras Sugeridas
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Fundamental
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Complementar
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1 – Escolas precursoras da Ciência Econômica
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MONTORO FILHO, A. F. et al. Manual de Economia – Equipe de Professores da USP.
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NUSDEO, F. Curso de Economia: introdução ao Direito Econômico.
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2 – Noções básicas de Economia (Primeira parte)
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MONTORO FILHO, A. F. et al. Manual de Economia – Equipe de Professores da USP.
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ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia.
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3 – Noções básicas de Economia (Segunda parte)
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MONTORO FILHO, A. F. et al. Manual de Economia – Equipe de Professores da USP.
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VASCONCELLOS, M. A. & GARCIA, M. Fundamentos de Economia.
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4 – Introdução à Micro Economia (Primeira parte)
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MONTORO FILHO, A. F. et al. Manual de Economia – Equipe de Professores da USP.
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NUSDEO, F. Curso de Economia: introdução ao Direito Econômico.
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5 – Introdução à Micro Economia(Segunda parte)
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MONTORO FILHO, A. F. et al. Manual de Economia – Equipe de Professores da USP.
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ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia.
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6 – Introdução à Macro Economia (Primeira parte)
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MONTORO FILHO, A. F. et al. Manual de Economia – Equipe de Professores da USP.
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VASCONCELLOS, M. A. & GARCIA, M. Fundamentos de Economia.
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7 - Introdução à Macro Economia (Segunda parte)
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MONTORO FILHO, A. F. et al. Manual de Economia – Equipe de Professores da USP.
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NUSDEO, F. Curso de Economia: introdução ao Direito Econômico.
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8 – Setor Externo
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MONTORO FILHO, A. F. et al. Manual de Economia – Equipe de Professores da USP.
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ROSSETTI, J. P. Introdução à Economia.
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Nota: ver as referências bibliográficas, para maior detalhamento das fontes de consulta indicadas
b – Avaliações
Como é de seu conhecimento, você estará obrigado a realizar uma série de avaliações, cabendo a você tomar conhecimento do calendário dessas avaliações e da marcação das datas das suas provas, dentro dos períodos especificados.
Por outro lado, é importante destacar que uma das formas de você se preparar para as avaliações é realizando os exercícios de auto-avaliação, disponibilizados para você neste sistema de disciplinas on line. O que tem que ficar claro, entretanto, é que os exercícios que são requeridos em cada avaliação não são a repetições dos exercícios da auto-avaliação.
Para sua orientação, informamos na tabela a seguir, os assuntos que serão requeridos em cada uma das avaliações às quais você estará sujeito:
Conteúdos a serem exigidos nas avaliações
Avaliações
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Assuntos
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Exercícios de auto-avaliação relacionados
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NP1
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1 – Escolas precursoras da Ciência Econômica
2 – Noções básicas de Economia (Primeira parte)
3 - Noções básicas de Economia (Segunda parte)
4 – Introdução à Micro Economia (Primeira parte)
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Exercícios de n.o 1 a 16
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NP2
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5 – Introdução à Micro Economia(Segunda parte)
6 – Introdução à Macro Economia (Primeira parte)
7 - Introdução à Macro Economia (Segunda parte)
8 – Setor Externo
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Exercícios de n.o 17 a 32
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Substitutiva
| Todos os módulos |
Todos os exercícios
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Exame
| Todos os módulos |
Todos os exercícios
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Conteúdo 2
ESCOLAS PRECURSORAS DA ECONOMIA
Considerando a formulação de idéias econômicas como discurso científico, em que sentido a Fisiocracia foi além do Mercantilismo, podendo ser considerada uma corrente de pensamento fundadora da ciência econômica.
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A |
Através das regras da natureza, repartição do produto entre setores da atividade e enfatizaram as leis naturais do universo que condicionariam as relações econômicas.
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B |
Através das regras Mercantilistas, repartição do produto entre setores da atividade e enfatizaram as leis naturais do universo que condicionariam as relações econômicas.
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C |
Buscando grupos como a sociedade e as unidades produtivas. Melhores praticas em relação ao mercado – demanda e oferta de certa forma mais liberal.
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D |
Buscando a sociedade. Melhores praticas em relação ao mercado – demanda e oferta de certa forma mais liberal.
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E |
Buscando as unidades produtivas. Melhores praticas em relação ao mercado – demanda e oferta de certa forma mais liberal.
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Qual o sentido das expressões “ortodoxia” e “heterodoxia”, em si mesmas e no contexto da história do pensamento econômico? Que critério pode ser invocado como significativo para essa bipartição das diversas contribuições que formam o patrimônio intelectual do pensamento econômico?
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A |
Somente argumentos positivos.
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B |
Argumentos positivos versus argumentos normativos.
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C |
Somente argumentos normativos.
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D |
O equilíbrio de mercado, Através da lei da demanda.
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E |
O equilíbrio de mercado, Através da lei da oferta.
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Em que termos pode-se definir o capitalismo como um modo de produção?
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A |
Sistema socialista, ou economia de mercado baseado na estrutura de mercado, é aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade publica/privada dos fatores de produção. Análise das estruturas de mercado: A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de um bem ou serviço.
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B |
Sistema capitalista, ou economia de mercado baseado na estrutura de mercado, é aquele regido pelas forças do governo, predominando a livre iniciativa e a propriedade publica/privada dos fatores de produção. Análise das estruturas de mercado: A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de um bem ou serviço.
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C |
Sistema capitalista, ou economia de mercado baseado na estrutura de mercado, é aquele regido pelas forças do governo, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. Análise das estruturas de mercado: A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de um bem ou serviço.
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D |
Sistema capitalista, ou economia de mercado baseado na estrutura de mercado, é aquele regido pelas forças do governo, predominando a livre iniciativa e a propriedade publica dos fatores de produção. Análise das estruturas de mercado: A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de um bem ou serviço.
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E |
Sistema capitalista, ou economia de mercado baseado na estrutura de mercado, é aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade publica/privada dos fatores de produção. Análise das estruturas de mercado: A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de um bem ou serviço.
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Que interesses e grupos sociais teriam sido, em tese, beneficiados pelas reformas fisiocráticas?
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A |
Grupos da sociedade e as unidades produtivas. Melhores praticas em relação ao mercado – demanda e oferta de certa forma mais liberal.
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B |
Grupos da sociedade e as unidades consumidoras. Melhores praticas em relação ao mercado – demanda e oferta de certa forma mais liberal.
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C |
Unidades produtivas. Melhores praticas em relação ao mercado – demanda e oferta de certa forma mais liberal.
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D |
Grupos da sociedade. Melhores praticas em relação ao mercado – demanda e oferta de certa forma mais liberal.
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E |
Grupos da produtivos e as unidades produtivas. Melhores praticas em relação ao mercado – demanda e oferta de certa forma mais liberal.
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Antiguidade
Grécia antiga: primeiras considerações de ordem econômica
Aristóteles (384-332 a.C.) – termo economia – (oikonomía) – estudos sobre aspectos de adm. privada e sobre finanças públicas
Platão (427-347 a.C.) e Xenofonte (440-335 a.C.)
Roma não deixou nenhum escrito notável na área de Economia. Questões referentes a justiça e moral (lei da usura, a moralidade em relação a juros altos e o que deveria ser um lucro justo são os exemplos mais conhecidos)
Mercantilismo
A partir do século XVI observa-se o nascimento da primeira escola econômica: o mercantilismo.
Praticamente os precursores do estudo econômico sistematizado. Preocupações sobre a acumulação de riquezas, comércio exterior e sobre a moeda.
Expoentes: William Petty e Cantillon
Fisiocracia (“regras da natureza”)
Apogeu entre 1760 e 1770 (séc XVIII). Os fisiocratas preocuparam-se com a questão da repartição do produto entre setores da atividade e enfatizaram as leis naturais do universo que condicionariam as relações econômicas.
Expoentes: François Quesnay (médico francês), provavelmente o principal responsável pelo uso em Economia de termos como fluxos, órgãos e circulação. Associaram conceitos da Medicina à Economia. Tableau Économique (Quesnay) – Wassily Leontief aperfeiçou e transformou em sistema I/O. entrada e saída
Clássicos
Predominaram entre o final do século XVIII e início do século XIX, consolidando a Economia como corpo científico próprio. Lançaram as bases do liberalismo econômico (Laissez-faire), em que prevalecem as forças de mercado, sem intervenção governamental (Estado na economia: proteção da sociedade - Smith) .
Expoentes: Adam Smith, David Ricardo, John Stuart Mill, Jean-Baptiste Say, Thomas Malthus.
Destaques:
Smith (1723-1790): A riqueza das nações (1776); livre concorrência “mão invisível”; liberalismo econômico; teoria do valor-trabalho (produtividade decorre da divisão do trabalho).
Ricardo (1772-1823): Teoria das vantagens comparativas (teoria do CI)
Mill (1806-1873): sintetizador do pensamento clássico – início do neoclássico
Say (1768-1832) : Lei de Say: “a oferta cria sua própria procura”, ou seja, o aumento da produção transformar-se em renda dos trabalhadores e empresários, que seria gasta na compra de outras mercadorias e serviços.
Malthus(1766-1834): males da sociedade residia no excesso populacional “População cresce em PG e a produção em PA”
Neoclássicos
Escola que se desenvolveu a partir da metade do século XIX e início do século XX. Principal preocupação era com a alocação ótima de recursos (formalização analítica em Economia pelo uso da matemática). Teoria do valor-utilidade (o preço dos bens é formado a partir do grau de satisfação que o consumidor espera obter do bem). Contraposição à teria do valor-trabalho (bens seria derivado do lado da oferta, ou dos custos da mão-de-obra).
Expoentes: Alfred Marshall, Leon Walras, Vilfredo Pareto, Joseph Schumpeter e Francis Edgeworth
Keynesianos
Revolução keynesiana: Publicação da Teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, de John Maynard Keynes (1883-1946), em 1936. Depressão dos anos 30
Princípio da demanda efetiva: Princípio criado por Keynes e pelo polonês Michal Kalecki “a demanda agregada é que determina as variações do produto e da renda a curto prazo”. Inverte a lei de Say – fim da crença no laissez-faire (intervenção do estado na economia)
- Monetaristas: corrente econômica que enfatiza o papel da política monetária, que seria menos intervencionista do que a política fiscal (Milton Friedman) “Liberais”
- Fiscalistas: corrente que defende a atuação ativa do Estado, por meio de política econômica. Também chamados de keynesianos. Expoentes: James Tobin e Paul Anthony Samuelson.
Pós-Keynesianos
Corrente que promoveu uma releitura da obra de Keynes, procurando demonstrar que esse autor não desprezou o papel da moeda no sistema econômico. Enfatizam o papel da especulação financeira em Keynes e defendem que o governo deve intervir na atividade econômica quando necessário. Seus expoentes são Joan Robinson (1903-1983), Hyman Minsky (1919-1996), Paul Davison e Alessandro Vercelli.
Período recente
- Teoria econômica vem apresentando algumas transformações, principalmente a partir dos anos 1970, após as duas crises do petróleo
- Globalização
- Blocos econômicos
- Desenvolvimento da informática (empírico)
- Melhoria do padrão de vida e do bem-estar da sociedade
- Controle do planejamento macroeconômico (permite antecipar problemas)
- Técnicas econométricas
- Mercados financeiros (explosão recente dos mercados futuros e de derivativos)
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Conteúdo 3
NOÇÕES BÁSICAS DE ECONOMIA - PRIMEIRA PARTE
(ENADE) A ciência econômica nasce com os fisiocratas e Adam Smith, através da concepção de sistema econômico. Com base na proposição de como funciona o sistema, seria possível avaliar o efeito das políticas econômicas, como aquelas defendidas pelos mercantilistas. Como seria julgada a política econômica mercantilista, pelos fisiocratas e por Smith?
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A |
Adequada, por possibilitar moldar os condicionantes do sucesso econômico de uma nação.
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B |
Adequada, por respeitar as leis naturais do funcionamento da economia.
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C |
Inadequada, por aumentar o excedente econômico e causar problemas de demanda efetiva.
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D |
Inadequada, por interferir na ordem do mercado e, assim, na reprodução e no crescimento das nações.
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E |
Inócua, não afetando o desenvolvimento das nações.
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(ENADE) As obras de Marshall e de Walras deram origem às duas vertentes da microeconomia no século XX: as análises de equilíbrio parcial e de equilíbrio geral, respectivamente. A esse respeito, considere as afirmativas abaixo.
I - Walras investigou um problema de teoria pura, a determinação simultânea de um conjunto de preços de equilíbrio, levando em conta as interdependências em todo o sistema econômico.
II - Marshall desenvolveu simplificações capazes de resolver a determinação de preços de um mercado isolado como a noção de preços normais em oposição a preços de mercado e a cláusula ceteris paribus.
III - As concepções de período de mercado, curto prazo e longo prazo tiveram origem na análise de equilíbrio geral.
É(São) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
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A |
I.
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B |
II.
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C |
III.
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D |
I e II.
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E |
II e III.
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(ENADE) Considere os dois gráficos abaixo que contêm curvas de indiferença.
É correto afirmar que:
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A |
os bens x1 e x2 são complementares.
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B |
os bens x1 e x2 são bens inferiores.
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C |
os bens x1 e x3 são substitutos perfeitos.
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D |
os bens x3 e x4 são bens inferiores.
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E |
os bens x3 e x4 são complementares perfeitos.
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(ENADE) A escola de pensamento clássica teve contribuições de economistas notáveis como Adam Smith, Thomas Robert Malthus, Jean-Baptiste Say, David Ricardo e John Stuart Mill, entre outros.
A respeito, considere as afirmativas:
I. Para Adam Smith, os agentes econômicos, em busca de seus próprios interesses, acabam promovendo o bem-estar de toda a comunidade, como se uma mão invisível orientasse todas as decisões da economia.
II. David Ricardo afirma que a distribuição do rendimento da terra é determinada pela produtividade das terras mais ricas.
III. De acordo com a lei de Say, a procura cria sua própria oferta.
IV. Para Mathus, a população cresce segundo progressão geométrica enquanto os meios de subsistência crescem segundo progressão aritmética.
Estão CORRETAS somente as afirmativas.
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A |
I e II.
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B |
II e III.
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C |
I e IV.
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D |
II e IV.
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E |
III e IV.
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A palavra economia é de origem Grega oikos = casa e nomos = governo, administração. Xenofontes(455 a 345 a.c.) foi o primeiro a usar o termo Economia no sentido exposto anteriormente, ou seja, abrangendo apenas o governo ou a administração do lar.
Economia é uma ciência social, pois estuda a situação econômica da sociedade.
A economia se ocupa das questões relativas a satisfação das necessidades dos indivíduos e da sociedade.
Necessidade Humana: é a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la.
Tipos de necessidades:
Necessidades do individuo - Natural: por exemplo, comer.
- Social: decorrente da vida em sociedade; por exemplo, festa de casamento.
Necessidades da sociedade – Coletivas: partem do individuo e passam a ser da
Sociedade; por exemplo, o transporte.
Publicas: surgem da mesma sociedade; por exemplo,
a ordem pública.
Necessidades vitais ou primarias: destas depende a conservação da vida; por exemplo, os alimentos.
Necessidades civilizadas ou secundárias: são as que tendem a aumentar o bem-estar do indivíduo e variam no tempo, segundo o meio cultural, econômicos e sociais em que se desenvolvem os indivíduos; por exemplo, o turismo.
Para satisfação das necessidades:
Produção → Distribuição → Consumo
Nesse processo de produção e consumo, surgem e são solucionados muitos problemas de caráter econômico:
Produção (o que produzir) ↔ Consumo (para quem produzir)
↓ ↓
Que bens produzir Como vão gastar
e
Que meios utilizará para produzir ( como produzir)
Conceito: É uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas.
Em qualquer sociedade, os recursos ou fatores de produção são escassos; contudo as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. Isso obriga a sociedade a escolher entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade.
Sistemas Econômicos
Pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade.
Os elementos básicos de um sistema econômico são:
A) Estoques de Recursos Produtivos ou Fatores de Produção: recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, terra, reservas naturais e a tecnologia.
B) Complexo de unidades de produção: constituído pelas empresas.
C) Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que são à base da organização da sociedade.
Os sistemas econômicos podem ser classificados em:
A) Sistema capitalista, ou economia de mercado, é aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
B) Sistema socialista ou economia centralizada, ou ainda economia planificada, é aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção.
Os Problemas Econômicos Fundamentais
Da escassez dos recursos ou dos fatores de produção, associa-se às necessidades ilimitadas do homem, originando problemas econômicos fundamentais:
A) O quê e quanto produzir: Dada a escassez de recursos de produção, a sociedade terá de escolher, quais produtos serão produzidos e em que quantidades.
B) Como produzir: A sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção serão utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente.
C) Para quem produzir: A sociedade terá também que decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção (demanda, oferta, determinação de salários, das rendas das terras, dos juros etc).
Em economias de mercado, esses problemas são resolvidos pelos mecanismos de preços atuando por meio da oferta e da demanda. Nas economias centralizadas, essas questões são decididas por um órgão central de planejamento, a partir de um levantamento dos recursos de produção disponíveis e das necessidades do país, e não pela oferta e demanda no mercado.
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Conteúdo 4
NOÇÕES BÁSICAS DE ECONOMIA - SEGUNDA PARTE
De acordo com os problemas econômicos fundamentais o quê, quanto, como e para quem produzir e da escassez de recursos de produção, explique qual deve ser a definição principal da ciência social economia.
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A |
É uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas.
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B |
É a transferência dos fatores de produção de um bem A para produzir um bem B implica um custo de oportunidade que é igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do bem A para se produzir mais do bem B. O custo de oportunidade por representar o custo da produção alternativa sacrificada, reflete em um custo implícito.
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C |
É a ciência que analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos.
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D |
É a ciência que analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos. A microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da procura na formação do preço no mercado, isto é, o preço sendo obtido pela interação do conjunto dos consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço.
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E |
É uma ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as pessoas e grupos da sociedade.
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A economia é uma ciência não normativa? Por que?
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A |
Não. Economia é uma ciência ambiental, pois estuda a situação econômica dos fatores de produção.
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B |
Sim. Economia é uma ciência social, pois estuda a situação econômica dos paises emergentes
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C |
Sim. Economia é uma ciência social, pois estuda a situação econômica das unidades de produção.
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D |
Sim. Economia é uma ciência social, pois estuda a situação econômica da sociedade.
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E |
Não. Economia é uma ciência politica, pois não estuda a situação econômica da sociedade.
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Quais são os fatores de produção, que devem ser utilizados pelas unidades de produção de uma maneira sustentável?
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A |
Capital, tecnologia, suprimentos e equipamentos.
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B |
Capital, mão de obra.
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C |
Capital e tecnologia.
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D |
Capital, suprimento e equipamento.
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E |
Capital, suprimento e equipamento, tecnologia e mão de obra.
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A lei da escassez dos recursos ou dos fatores de produção, associa-se às necessidades ilimitadas do homem, originando problemas econômicos fundamentais tais como.
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A |
Oferta, Demanda e Equilíbrio Parcial.
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B | |
C |
Oferta, Demanda e Equilíbrio Geral.
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D |
O quê e quanto produzir e Como produzir.
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E |
O quê e quanto produzir, Como produzir, Para quem produzir e Como estudar a economia.
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Curva de Possibilidades de Produção (ou curva de transformação).
É um conceito teórico com o qual se ilustra, como a questão da escassez impõe um limite à capacidade produtiva de uma sociedade, que terá que fazer escolhas entre alternativas de produção.
Devido à escassez de recursos, a produção total de um país tem um limite máximo, onde todos os recursos disponíveis estão empregados.
Suponhamos uma economia que só produza máquinas (Bens de Capital) e alimentos (Bens de Consumo) e que as alternativas de produção de ambos seja as seguintes:
Mostrar em gráfico.
Alternativas de Produção Máquinas (milhares) Alimentos (toneladas)
A 25 0
B 20 30
C 15 45
D 10 60
E 0 70
Conceito de Custo de Oportunidade:
A transferência dos fatores de produção de um bem A para produzir um bem B implica um custo de oportunidade que é igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do bem A para se produzir mais do bem B. O custo de oportunidade por representar o custo da produção alternativa sacrificada, reflete em um custo implícito.
Deslocamento da Curva de Possibilidade de Produção
Isso pode ocorrer fundamentalmente tanto em função do aumento da quantidade física de fatores de produção quanto em função de melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer com o progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e organizacional das empresas e melhoria no grau de qualificação da mão-de-obra.
Funcionamento de uma economia de mercado: Fluxos Reais e Monetários
Para entender o funcionamento do sistema econômico, vamos supor uma economia de mercado que não tenha interferência do governo e não tenha transações com exterior ( economia fechada ).
Os agentes econômicos são as famílias e as empresas. As famílias são proprietárias de fatores de produção e os fornecem às empresas, através do mercado dos fatores de produção. As empresas, através da combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e os fornecem às famílias por meio do mercado de bens e serviços.
Fluxo Real da Economia
Mercado de Bens e Serviços
Demanda Oferta
Famílias Empresas
Oferta Demanda
Mercado de Fatores de Produção
No entanto, o fluxo real da economia só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada para remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos bens e serviços.
Desse modo, paralelamente ao fluxo real temos um fluxo monetário da economia.
Fluxo Monetário da Economia
Pagamento dos bens e serviços
Famílias Empresas
Remuneração dos Fatores de Produção
Definição de Bens de Capital, Bens de Consumo, Bens Intermediários e Fatores de Produção.
Bens de Capital: são aqueles utilizados na fabricação de outros bens, mas que não se desgastam totalmente no processo produtivo. Exemplo: Máquinas, Equipamentos e Instalações.
Bens de Consumo: destinam-se diretamente ao atendimento das necessidades humanas. De acordo com sua durabilidade, podem ser classificados como duráveis.
(geladeiras, fogões, automóveis) ou como não – duráveis (alimentos, produtos de limpeza).
Bens Intermediários: são aqueles que são transformados ou agregados na produção de outros bens e que são consumidos totalmente no processo de produtivo (insumos, matérias-primas e componentes).
Fatores de Produção: São constituídas pelos recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), terra, capital e tecnologia.
Cada fator de produção corresponde uma remuneração, a saber:
Fator de Produção | Tipo de Remuneração |
Trabalho | Salário |
Capital | Juro |
Terra | Aluguel |
Tecnologia | Royalty |
Capacidade empresarial | Lucro |
Argumentos positivos versus argumentos normativos.
A Economia é uma ciência social e utiliza fundamentalmente uma análise positiva, que deverá explicar os fatos da realidade. Os argumentos positivos estão contidos na análise que não envolve juízo de valor, estando esta estritamente limitada a argumentos descritivos, ou noções científicas.
Por exemplo, se o preço da gasolina aumentar em relação a todos os outros preços, então a quantidade que as pessoas irão comprar de gasolina cairá. É uma análise do que é.
Definimos também argumentos normativos, que é uma análise que contém, explicita ou implicitamente, um juízo de valor sobre alguma medida econômica.
Por exemplo, na afirmação “o preço da gasolina não deve subir” expressamos uma opinião ou juízo de valor, ou seja, se é uma coisa boa ou má. É uma análise do que deveria ser.
Suponha, por exemplo, que desejemos uma melhoria na distribuição de renda do país. É um julgamento de valor em que acreditamos. O administrador de política econômico dispõe de algumas opções para alcançar esse objetivo (aumentar salários, combater a inflação, criar empregos etc.). A Economia Positiva ajudará a escolher os instrumentos de política econômica mais adequado. Esse é um argumento positivo, indicando que aumentos salariais, nessas circunstâncias, não constituem a política mais adequada.
Dessa forma, a Economia positiva pode ser utilizada como base para escolha da política mais apropriada, de forma a atender os objetivos individuais ou da nação.
Inter-relação da Economia com outras áreas do conhecimento
Economia : Apesar de ser uma ciência social, a Economia é limitado pelo meio físico, dado que os recursos são escassos, e se ocupa de quantidades físicas e das relações entre as quantidades, como a que se estabelece entre a produção de bens e serviços e os fatores de produção utilizados no processo produtivos.
A Economia apresenta muitas regularidades, sendo que algumas relações são invioláveis. Por Exemplo: O consumo nacional depende diretamente da renda nacional. A quantidade demandada de um bem tem uma relação inversamente proporcional com o seu preço. As exportações e as importações dependem da taxa de
câmbio.
A área que está voltada para quantificação dos modelos é a Econometria, que combina Teoria Econômica, Matemática e Estatística.
* Economia e Política: São áreas muito interligadas, tornando-se difícil estabelecer uma relação de casualidade entre elas. A estrutura política se encontra muitas vezes subordinadas ao poder econômico. Citemos alguns exemplos:
Poder Econômico dos latifundiários, poder dos oligopólios e monopólios, poder das corporações estatais.
* Economia e História: A pesquisa histórica é extremamente útil e necessária
para Economia, pois ela facilita a compreensão do presente e ajuda nas previsões para o futuro com base nos fatos do passado. As guerras e revoluções, por exemplo, alteraram o comportamento e a evolução da Economia.
* Economia e Geografia: A Geografia não é o simples registro de acidentes
Geográficos e climáticos. Ela nos permite avaliar fatores muito úteis à análise econômica, como as condições geoeconômicas dos mercados, a concentração espacial dos fatores produtivos, a localização de empresas e a composição setorial da atividade econômica.
* Economia, Moral, Justiça e Filosofia: Na pré-economia, antes da Revolução
Industrial do século XVIII, que corresponde ao período da Idade Média, a atividade econômica era vista como parte integrante da Filosofia, Moral e Ética. A Economia era orientada por princípios morais e de justiça.
Divisão do Estudo Econômico
A análise econômica, para fins metodológicos e didáticos, é normalmente dividida em quatro áreas de estudo:
1) Noções básicas de economia/Teoria fundamental.
2) Microeconomia ou Teoria da Formação de Preços.
3) Macroeconomia.
4) Economia Internacional, Desenvolvimento e Crescimento Econômico.
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Conteúdo 5
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA - PRIMEIRA PARTE
Qual o papel dos preços relativos na análise microeconômica?
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A | |
B | |
C | |
D | |
E |
Como se divide o estudo microeconômico?
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A | |
B | |
C | |
D | |
E |
No raciocínio econômico, qual a importância da hipótese do coeteris paribus?
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A | |
B | |
C | |
D | |
E |
O que mostra a curva de possibilidade de produção ou curva de transformação?
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A | |
B | |
C | |
D | |
E |

Conceito: Microeconomia, ou Teoria Geral dos Preços, analisa a formação de preços no mercado, ou seja, como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos. A microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da procura na formação do preço no mercado, isto é, o preço sendo obtido pela interação do conjunto dos consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço.
Do ponto de vista da economia de empresas, onde se estuda uma empresa específica, prevalece a visão contábil financeira na formação do preço de venda de seu produto, baseada principalmente nos custos de produção, enquanto na Microeconomia prevalece a visão do mercado.
O conceito de empresa possui 2 visões: a econômica e a jurídica. Do ponto de vista econômico, empresas ou estabelecimento comercial é a combinação pelo empresário, dos fatores de produção: capital, trabalho, terra e tecnologia, de modo organizados para se obter o maior volume possível de produção ou de serviços ao menor custo.
Na doutrina jurídica reconhece-se o estabelecimento como uma universalidade de direito, incluindo-se na atividade econômica um complexo de relações jurídicas entre o empresário e a empresa.
Pressupostos básicos da análise microeconômica
A hipótese coeteris paribus ( tudo o mais permanece constante ): o foco de estudo é dirigido apenas àquele mercado, analisando o papel que a oferta e a demanda nele exercem, supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não interfiram de maneira absoluta.
Papel dos preços relativos
Na análise microeconômica, são mais relevantes os preços relativos, isto é, os preços dos bens em relação aos demais, do que os preços absolutos ( isolados) das mercadorias. Exemplo: se o preço do guaraná cair 10%, mas também o preço da soda cair em 10%, nada deve acontecer na demanda dos dois bens, mas se cair apenas o preço do guaraná, permanecendo inalterado o preço da soda, deve-se esperar um aumento na quantidade procurada de guaraná e uma queda na soda. Embora não tenha havido alteração no preço absoluto da soda, seu preço relativo aumentou, quando comparado com o guaraná.
Princípio da Racionalidade
Por esse princípio, os empresários tentam sempre maximizar lucros condicionados pelos custos de produção, os consumidores procuram maximizar sua satisfação no consumo de bens e serviços ( limitados por sua renda e pelos preços das mercadorias).
Aplicações da análise microeconômica
A teoria microeconômica não é um manual de técnicas para a tomada de decisões do dia-a-dia, mesmo assim ela representa uma ferramenta útil para esclarecer políticas e estratégias, dentro de um horizonte de planejamento, tanto em nível de empresas quanto de nível de política econômica.
Para as empresas, a análise microeconômica pode subsidiar as seguintes decisões:
Políticas de preços da empresa.
Previsão de demanda e faturamento.
Previsão de custos de produção.
Decisões ótimas de produção (melhor combinação dos custos de produção).
Avaliação e elaboração de projetos de investimentos (análise custo/benefício)
Política de propaganda e publicidade.
Localização da empresa.
Em relação da política econômica, pode contribuir na análise e tomada de decisões das seguintes questões:
Efeitos de impostos sobre mercados específicos.
Política de subsídios.
Fixação de preços mínimos na agricultura.
Controle de preços
Política Salarial
Políticas de tarifas públicas. (água, luz, etc.).
Divisão do estudo microeconômico
· Análise da Demanda: A Teoria da Demanda ou Procura de uma mercadoria ou serviço divide-se em Teoria do Consumidor e Teoria da Demanda de Mercado.
· Análise da Oferta: A Teoria da Oferta de um bem ou serviço também se subdivide em oferta de firma individual e oferta de mercado.
· Análise das estruturas de mercado: A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de um bem ou serviço.
* As estruturas de mercado de bens e serviços são:
a) concorrência perfeita; b) monopólio; c) oligopólio d) concorrência imperfeita ou monopolista;
· As estruturas de mercado de fatores de produção são:
a) concorrência perfeita; b) monopólio; c)oligopólio;
· Teoria do equilíbrio geral: A análise do equilíbrio geral leva em conta as inter-relações entre todos os mercados, procurando analisar se o comportamento independente de cada agente econômico conduz todos a uma posição de equilíbrio global, embora todos sejam, na realidade, interdependente.
Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
Breve Histórico: Os fundamentos da análise da demanda ou procura estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade. A utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. Como está baseada em aspectos psicológicos ou preferências, a utilidade difere de consumidor para consumidor (uns preferem uísque, outros preferem cerveja etc.).
A Teoria do Valor Utilidade contrapõem-se à chamada Teoria Valor Trabalho, desenvolvida por economistas clássicos. A Teoria do Valor Utilidade pressupõe que um valor de um bem se forma pela sua demanda, isto é, pela satisfação que um bem representa para o consumidor.
A Teoria Valor Trabalho considera que um bem se forma do lado da oferta, através dos custos do trabalho incorporado ao bem. Os custos de produção eram representados basicamente pelo fator mão-de-obra, em que a terra era praticamente gratuita e o capital pouco significativo.
Pode-se dizer que a Teoria do Valor - Utilidade veio complementar a Teoria Valor – Trabalho, pois não era mais possível predizer o comportamento dos preços dos bens apenas com base nos custos da mão de obra ( ou mesmo custos em geral ) sem considerar o lado da demanda ( padrão de gostos, hábitos, renda etc.).
Ademais, a Teoria do Valor Utilidade permitiu distinguir o valor de uso do valor de troca de um bem. O valor de uso é a utilidade que ele representa para o consumidor. Valor de troca se forma pelo preço no mercado, pelo encontro da oferta e da demanda do bem.
Demanda de Mercado
Conceito: A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo.
A procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. São elas: o preço do bem e serviço, o preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Para estudar-se a influência dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris paribus, ou seja, considera-se cada uma dessas variáveis afetando separadamente as decisões do consumidor.
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Conteúdo 6
INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA - SEGUNDA PARTE
Por que o governo costuma estabelecer preços mínimos (garantidos) para os produtos agrícolas?
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Sobre a elasticidade-preço da demanda, quais os fatores que influenciam a elasticidade-preço da demanda?
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Análise das estruturas de mercado: A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de um bem ou serviço as estruturas de mercado de bens e serviços são:
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Conceitue: bens de capital.
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Relação entre a quantidade procurada e preço do bem: A Lei Geral da Demanda
Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem. É a chamada Lei Geral da Demanda. Essa relação pode ser observada a partir dos conceitos de escala de procura, curva de procura ou função demanda.
A relação preço/quantidade procurada pode ser representada por uma escala de procura, conforme apresentada a seguir:
Alternativa de preço ($) | Quantidade Demandada |
1,00 | 12.000 |
3,00 | 8.000 |
6,00 | 4.000 |
8,00 | 3.000 |
10,00 | 2.000 |
A curva da demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto de dois fatores: o efeito substituição e o efeito renda. Se o preço de um bem aumenta, a queda da quantidade demanda será provocada por esses dois efeitos somados:
a) Efeito substituição: se um bem possui um substituto, ou seja, outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade, quando seu preço aumenta, o consumidor passa adquirir o bem substituto, reduzindo assim sua demanda. Exemplo: Fósforo.
b) Efeito renda: quando aumenta o preço de um bem, o consumidor perde o poder aquisivo, e a demanda por esse produto diminui.
Outras variáveis que afetam a demanda de um bem
Efetivamente, a procura de uma mercadoria não é influenciada apenas por seu preço. Existe uma série de outras variáveis que também afetam a procura.
a) Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto também, temos um bem normal.
b) Bem inferior, cuja demanda varia em sentido inverso às variações da renda; exemplo se o consumidor ficar mais rico, diminuirá o consumo de carne de segunda, e aumentará o consumo da carne de primeira.
c) Bens de consumo saciado, quando a demanda do bem, quase não é influenciada pela renda dos consumidores (arroz, farinha, sal, etc.), muitas vezes ocorre a diminuição do consumo deste tipo de bem, devido ao aumento da renda.
d) Bens substitutos, quando há uma relação direta entre o preço de um bem e a quantidade de outro. Exemplo: um aumento no preço da carne deve elevar a demanda de peixe.
e) Bens complementares: São bens que podem ser utilizados em conjunto ou que ficam melhores utilizados. Ex: Se aumentar o preço da impressora e a quantidade demandada de cartuchos diminuir é porque a impressora e o cartucho são complementares no consumo.
Oferta de Mercado
Pode-se conceituar oferta como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende de vários fatores; dentre eles, de seu próprio preço, dos demais preços, dos preços dos fatores de produção, das preferências do empresário e da tecnologia.
Diferentemente da função demanda, a função de oferta mostra uma correlação direta entre a quantidade ofertada e nível de preços. É a chamada Lei Geral da Oferta.
Podemos expressar uma escala de oferta de um bem X, ou seja, dada uma série de preços, quais seriam as quantidades ofertadas a cada preço:
Preço ( $ ) | Quantidade Ofertada |
1,00 | 1.000 |
3,00 | 5.000 |
6,00 | 9.000 |
8,00 | 11.000 |
10,00 | 13.000 |
Equilíbrio de Mercado
A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.
Veja o quadro a seguir representativo da oferta e da demanda do bem X:
Preço | Quantidade | Situação de Mercado | |
Procurada | Ofertada | ||
1,00 | 11 | 1 | Excesso de procura (escassez de oferta) |
3,00 | 9 | 3 | Excesso de procura (escassez de oferta) |
6,00 | 6 | 6 | Equilíbrio entre oferta e procura |
8,00 | 4 | 8 | Excesso de oferta (escassez de procura) |
10,00 | 2 | 10 | Excesso de oferta (escassez de procura) |
Como se observa na tabela, existe equilíbrio entre oferta e demanda do bem X, quando o preço é igual a 6,00 unidades monetárias.
Interferência do Governo no equilíbrio de mercado
O governo intervém na formação de preços de mercado, a nível microeconômico , e quando fixa impostos e subsídios, estabelecem critérios de reajustes do salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas decreta tabelamentos ou ainda congelamento de preços e salários.
A) Estabelecimento de Impostos: É sabido que quem recolhe a totalidade do tributo é a empresa, mas isso não quer dizer que é ela quem efetivamente paga. Assim, saber sobre quem recai efetivamente o ônus do tributo é uma questão da maior importância na análise dos mercados.
Os tributos se dividem em impostos, taxas e contribuições de melhoria. O impostos dividem-se em:
Impostos Indiretos: impostos incidentes sobre o consumo ou sobre as vendas. Exemplo: Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Impostos Diretos: Impostos incidentes sobre a renda. Exemplo: Imposto de Renda.
Entre os impostos indiretos destacamos:
Imposto Específico: Recai sobre a unidade vendida. Exemplo: para cada carro vendido, recolhe-se, a título de imposto, R$ 5.000 ao governo (esse valor é fixo e independente do valor da mercadoria).
Imposto ad valorem: é um percentual (alíquota) aplicado sobre o valor de venda. Exemplo: supondo a alíquota do IPI sobre automóveis de 10 %, se o valor do automóvel for de R$ 50.000, o valor do IPI será de R$ 5.000; se o valor aumentar para R$ 60.000, o valor do IPI será de R$ 6.000. Assim, como se pode notar, a alíquota permanece inalterada em 10%, enquanto o valor do imposto varia com o preço do automóvel.
Política de preços mínimos na agricultura: Trata-se de uma política que visa dar garantia de preços ao produtor agrícola, com propósito de protegê-lo das flutuações dos preços no mercado, ou seja, ajudá-lo diante de uma possível queda acentuada de preços e conseqüentemente da renda agrícola. O governo, antes do início do plantio, garante um preço que ele pagará após a colheita do produto.
Tabelamento: Refere-se à intervenção do governo no sistema de preços de mercado visando coibir abusos por parte dos vendedores, controlar preços de bens de primeira necessidade ou então refrear o processo inflacionário, como foi adotado no Brasil ( Planos Cruzado, Bresser etc.), quando se aplicou o congelamento de preços e salários.
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Conteúdo 7
INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA - PRIMEIRA PARTE
(ENADE)Segundo dados recentes do Banco Mundial, o Brasil ocupou as seguintes posições em termos de ordenamento internacional:
8º PNB
31º PNB per capita
72º IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
Considerando esses dados, conclui-se que:
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A | |
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(ENADE) A Curva de Philips, representada no quadro abaixo pela linha cheia, varia de posição com as expectativas de inflação.
Em particular, no caso de maior expectativa de inflação, a Curva de Philips passaria a ser:
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A | |
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(ENADE) Suponha que a tabela abaixo representa a produção diária de vinho e de tecidos de um trabalhador, na Inglaterra e em Portugal, no século XVIII.
Com base na tabela, é possível afirmar que:
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(ENADE) Numa economia há apenas duas pessoas, uma delas aufere 10% da renda, e a outra, os 90% restantes. Neste caso, a Curva de Lorenz desta economia será representada por OAB no gráfico abaixo.
Considerando o gráfico e as informações acima, é correto afirmar que:
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A | |
B | |
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Introdução
A macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio.
Ao estudar e procurar relacionar os grandes agregados, a Macroeconomia negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais e de mercados específicos, estas são preocupações da Microeconomia.
Entretanto, embora exista um aparente contraste, não há um conflito entre a Micro e a Macroeconomia, uma vez que o conjunto da economia é a soma de seus mercados individuais. A diferença é primordialmente uma questão de ênfase, de enfoque. Ao estudar a determinação de preços numa indústria, na Microeconomia consideram-se constantes os preços das outras indústrias. Na macroeconomia estuda-se a nível geral de preços ignorando-se a mudança de preços relativa dos bens das diferentes indústrias.
A Teoria Macroeconômica propriamente dita preocupa-se mais com aspectos de curto prazo. Especificamente, preocupa-se com questões como desemprego, que aparece sempre que a economia está trabalhando abaixo de seu máximo de produção, e com as implicações sobre os vários mercados quando se alcança a estabilização do nível geral de preços.
À parte da Teoria Econômica que estuda questões de longo prazo é denominada Teoria do Crescimento Econômico.
Na tentativa de se determinar como os preços e as quantidades são estabelecidos, desenvolveram-se 2 métodos de análise básicos:
a) Abordagem de equilíbrio parcial: analisa um determinado mercado sem considerar os efeitos que este mercado pode ocasionar sobre os demais mercados existentes na economia.
b) Abordagem de equilíbrio geral: acredita-se que tudo depende de tudo, e assim, se quiséssemos determinar como são formados os preços dos bens, deveríamos listar todos os bens que são produzidos pela economia e todos os diferentes tipos de insumos que são utilizados.
A curva de Phillips, expressava simplesmente uma curva de oferta agregada positivamente inclinada. Phillips relacionava a taxa de crescimento dos preços ( inflação ) com a taxa de desemprego. Caso a taxa de desemprego fosse mais elevada, isto indicaria um maior excesso de oferta, e conseqüentemente haveria uma pressão para que a taxa de crescimento dos salários nominais fosse mais baixa. Essa taxa menor corresponderia a uma taxa de inflação menor.
Metas de política macroeconômica
· Alto nível de emprego
· Estabilidade de preços
· Distribuição de renda socialmente justa
· Crescimento econômico
Alto nível de emprego
Desde a Revolução Industrial, em fins do século XVIII, até o início do século XX, o mundo econômico parece ter funcionado sobre o pensamento liberal, que acreditava que os mercados, sem interferência do Estado, conduziam a Economia ao pleno emprego de seus recursos, como se guiados por uma “mão invisível”, determinariam os preços e a produção de equilíbrio, e, desse modo, nenhum problema surgiria no mercado de trabalho. Entretanto, a evolução da economia mundial trouxe em seu bojo novas variáveis, como o surgimento de sindicatos de trabalhadores, os grupos econômicos e o desenvolvimento de mercado de capitais e do comércio internacional, de sorte a complicar e trazer incertezas sobre o funcionamento da economia.
A ausência de políticas econômicas levou à quebra da Bolsa de Nova York em 1929, e uma crise de desemprego atingiu todos os países do mundo ocidental nos anos seguintes.
Com a contribuição de Keynes, fincaram-se as bases da moderna Teoria Econômica, e da intervenção do Estado na economia de mercado, que nos passa qual o grau de intervenção do Estado na economia e em que medida ele deve ser produtor de bens e serviços. A corrente dos economistas liberais (hoje neoliberais), prega a saída do governo da produção de bens e serviços.
Estabilidade de preços
Define-se inflação como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços.
Por que inflação é um problema? Primeiramente, porque a inflação acarreta distorções, principalmente sobre a distribuição de renda, sobre as expectativas dos agentes econômicos e sobre o balanço de pagamentos.
É importante salientar que, enquanto nos países industrializados o problema central é o desemprego, nos países em via de desenvolvimento o foco mais importante de análise é o da inflação. Esse tema é de difícil abordagem, dado que as causas da inflação diferem entre países (deve-se levar em conta, por exemplo, o estágio de desenvolvimento e a estrutura dos mercados), e num dado país, diferem no tempo.
Distribuição Eqüitativa de Renda
A economia brasileira cresceu razoavelmente entre o fim dos anos 60 e a maior parte da década de 70. Apesar disso, verificou-se uma disparidade muito acentuada de nível de renda, tanto a nível pessoal coma a nível regional. Isso fere, evidentemente, o sentido de eqüidade ou justiça.
No Brasil, os críticos do “milagre” argumentavam que haviam piorado a concentração de renda no país, nos anos 1967-1973, devido a uma política deliberada do governo baseada em crescer primeiro para depois distribuir (chamada Teoria do Bolo).
A posição oficial era de que um certo aumento na concentração de renda seria inerente ao próprio desenvolvimento capitalista, dada as transformações estruturais que ocorrem (êxodo rural, com trabalhadores de baixa qualificação, aumento da proporção de jovens etc.). Nesse processo gera-se uma demanda por mão de obra qualificada, a qual por ser escassa, obtém ganho extra. Assim o fator educacional seria a principal causa da piora distributiva.
Crescimento Econômico
Se existe desemprego e capacidade ociosa, pode-se aumentar o produto nacional através de políticas econômicas que estimulem a atividade produtiva. Mas, feito isso, há um limite à quantidade que se pode produzir com os recursos disponíveis.
Aumentar o produto além desse limite exigirá:
a) Um aumento nos recursos disponíveis;
b) Ou um avanço tecnológico (melhoria tecnológica, novas maneiras de organizar a produção, qualificação da mão de obra).
Quando falamos em crescimento econômico, estamos pensando no crescimento da
renda nacional per capita, ou seja, colocar à disposição da coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional. A renda per capita é considerada um razoável indicador – o mais operacional – para se aferir à melhoria do padrão de vida da população, embora apresente falha ( os países árabes têm as maiores rendas per capita, mas não o melhor padrão de vida do mundo).
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Conteúdo 8
INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA - SEGUNDA PARTE
(ENADE) Leia o planisfério, em que é mostrada uma imagem da superfície terrestre, obtida a partir de imagens de satélite:
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(ENADE) O elemento que expressa a diferença entre produto interno bruto (PIB) e produto nacional bruto (PNB) é denominado:
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Quais são os principais instrumentos para atingir tais objetivos/metas da Macroeconomia?
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Tradicionalmente, a estrutura básica do modelo macroeconômico compõe-se de cinco mercados: Quais são eles?
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Instrumentos de política macroeconômica
A política macroeconômica envolve a atuação do governo sobre a capacidade produtiva e despesas planejadas, com objetivo de permitir que a economia opere a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e uma distribuição justa de renda.
Os principais instrumentos para atingir tais objetivos são as políticas fiscais, monetárias, cambiais e comerciais, e de rendas.
Política Fiscal – Refere-se a todos os instrumentos que o governo dispõe para arrecadação de tributos e o controle de suas despesas. Além da questão do nível de tributação, a política tributária, por meio da manipulação da estrutura e alíquotas de impostos. É utilizada para estimular (ou inibir) os gastos de consumo do setor privado.
Se o objetivo da política econômica é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais normalmente utilizadas, são a diminuição de gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária (o que inibe o consumo). Ou seja, visam diminuir os gastos da coletividade.
Se o objetivo é um maior crescimento e emprego, os instrumentos fiscais são os mesmos, mas em sentido inverso, para elevar a demanda agregada.
Política Monetária - Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e de títulos públicos, os instrumentos disponíveis para tal são:
a) emissões b) reservas compulsórias c)open market (compra e venda de títulos
públicos) d) redescontos ( empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais )
As políticas monetárias e fiscal representam meios alternativos diferentes para as
mesmas finalidades. A política econômica deve ser executada através de uma combinação adequada de instrumentos fiscais e monetários.
Pode-se dizer que a política fiscal apresenta maior eficácia quando o objetivo é uma melhoria na distribuição de renda, tanto na taxação às rendas mais altas como pelo aumento dos gastos do governo com destinação a setores menos favorecidos.
Políticas Cambial e Comercial :
A política cambial refere-se à atuação do governo sobre a taxa de câmbio. O governo, através do Banco Central, pode fixar a taxa de câmbio, ou permitir que ela seja flexível e determinada pelo mercado de divisas.
A política comercial diz respeito aos instrumentos de incentivos às exportações e/ou estímulo ou desestímulo às importações, ou seja, refere-se aos estímulos fiscais.
(crédito - prêmio do ICMS, IPI etc.) e creditícios (taxas de juros subsidiárias) às exportações e ao controle de importações (via tarifas e barreiras quantitativas sobre importações).
Política de Rendas
A política de rendas refere-se à intervenção direta do governo na formação de renda (salários, aluguéis), através de controle e congelamentos de preços. A característica especial é que, nesses controles, os preços são congelados, e os agentes econômicos não podem responder às influências econômicas normais de mercado.
Estrutura de análise macroeconômica
Tradicionalmente, a estrutura básica do modelo macroeconômico compõe-se de cinco mercados:
No Mercado de Bens e Serviços, para tentar responder como se tem comportamento o nível de atividades, efetua-se uma agregação de todos os bens produzidos pela economia durante um certo período de tempo e define-se o chamado Produto Nacional.
A demanda agregada depende fundamentalmente da evolução da demanda dos quatro grandes setores ou agentes macroeconômicos: consumidores, empresas, governo e setor externo.
O Mercado de Trabalho também representa uma agregação de todos os tipos de trabalhos existentes na economia. Neste mercado, determinamos como estabelece a taxa salarial e o nível de emprego.
O Mercado Monetário, consiste em que todas as transações da economia são efetuadas através da utilização de moeda. Neste mercado supomos a existência de uma demanda de moeda ( em função da necessidade de transações dos agentes econômicos, ou seja, da necessidade de liquidez ) e uma oferta de moeda, determinada pelo Banco Central e atuação dos bancos comerciais. A demanda e a oferta de moeda determinam a taxa de juros.
O Mercado de Títulos, consiste de agentes econômicos superavitários e agentes deficitários. Agentes superavitários são aqueles que possuem um nível de gastos inferior a seu volume de renda, assim podem efetuar empréstimos para os agentes econômicos deficitários.
O Mercado de Divisas, como o mercado mantém transações com o resto do mundo, existem mercados de divisas ou de moeda estrangeira. A oferta de divisas depende das exportações e da entrada de capitais financeiros, enquanto a demanda de divisas é determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.
Inflação
Conceito de inflação: É definida como um aumento persistente e generalizado dos índices de preços, ou seja, os movimentos inflacionários são aumentos contínuos de preços, e não podem ser confundidos com altas esporádicas de preços, devidas às flutuações sazonais, por exemplo.
As fontes de inflação costumam diferir em função das condições de cada país, como por exemplo:
a) Tipo de estrutura de mercado ( oligopolista, monopolista, etc.).
b) Grau de abertura da economia ao comércio exterior: quanto mais aberta à economia à competição externa, maior a concorrência interna entre fabricantes, e menores os preços dos produtos.
c) Estrutura das organizações trabalhistas: quanto maior o poder de barganha dos sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salários acima dos índices de produtividade, e maior pressão sobre os preços.
Inflação de demanda: Refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços.
A probabilidade de ocorrer inflação de demanda aumenta quando a economia está produzindo próximo do pleno emprego de recursos. Nessa situação, aumentos de demanda agregada de bens e serviços, com a economia já em plena capacidade, conduzem a elevações de preços, principalmente em setores de insumos básicos.
Para combater um processo inflacionário de demanda, a política econômica deve basear-se em instrumentos que provoquem uma redução da procura agregada por bens e serviços (redução dos gastos do governo, aumento da carga tributária, arrocho salarial, controle de crédito, aumento das taxas de juros).
Inflação de custos: A inflação de custos poder ser associada à inflação tipicamente de oferta. O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores importantes aumentam. Com isso, ocorre uma retração da produção, deslocando a curva de oferta para trás, provocando um aumento de preços no mercado.
As causas mais comuns dos aumentos dos custos de produção são:
Aumentos salariais: Um aumento das taxas de salários que supere os aumentos na produtividade da mão de obra acarreta um aumento dos custos unitários de produção, que são normalmente repassados aos preços dos produtos.
Aumentos do custo das matérias primas: Por exemplo, as crises do petróleo da década de 70, ao elevar sensivelmente os preços dessa matéria primam, provocaram um brutal aumento nos custos de produção, em particular nos custos de transporte e de energia com base no diesel.
Estruturas de mercado: A inflação de custos também está associada ao fato de algumas empresas, com elevado poder de monopólio ou oligopólio, terem condições de elevarem de elevar seus lucros acima da elevação dos custos de produção.
DESEMPREGO
Todo mês o IBGE entrevista por meio de uma amostra, 38.500 domicílios, em diversas capitais para representar a população total brasileira. Com base nas suas respostas, as pessoas são incluídas em uma das três categorias que segue:
a) População Ocupada; uma pessoa está empregada se ela trabalhou na semana anterior a entrevista e/ou está ausente por doença, greve ou férias.
b) População Desocupada; uma pessoa está desempregada se ela não tinha trabalho num determinado período de referência, mas estava disposta a trabalhar.
c) População não economicamente ativa; a força de trabalho é composta por todos que estão empregados ou desempregados, os demais é fora da força de trabalho. Isso inclui estudantes, cônjuges que não trabalham fora de casa e aposentados. Inclui também pessoas que desistiram de procurar trabalho.
Taxa de desemprego é a porcentagem da força de trabalho que está desempregada.
Efeito da recessão: Uma economia está em uma recessão quando o produto total cai. Uma recessão aumenta a taxa de desemprego de duas maneiras, quando perdem seus empregos e quando há menos oferta de trabalho.
Tipos e custos do desemprego:
a) desemprego Fricativo é resultado do funcionamento normal da economia. O desemprego fricativo acontece porque os trabalhadores demitidos buscam empregos melhores. Os empregadores demitem em busca de melhores profissionais e os consumidores deixam de comprar determinados produtos e o progresso tecnológico.
b)desemprego Estrutural ocorre se os consumidores deixam de comprar determinados produtos e pelo avanço tecnológico, que afetam seriamente certas industrias.
c) desemprego Cíclico, deve-se ao desaquecimento da economia.
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Conteúdo 9
SETOR EXTERNO
As grandes guerras mundiais, assim como os conturbados anos da Grande Depressão, que culminaram com a crise dos anos 30, provocaram enormes perturbações na economia de praticamente todos os países, e por seguinte nas (relações econômicas internacionais). Já ao final da Segunda Guerra Mundial evidenciava-se a necessidade de mudanças no sistema de pagamentos internacionais. Tais eram as preocupações reinantes nos últimos anos da Segunda Guerra Mundial, quando se via no comércio mundial um importante instrumento para potencializar o desenvolvimento do mundo capitalista. Dentro desse contexto quais foram os principais organismos econômicos internacionais do pós-guerra:
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A |
Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial;
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B |
Organização Mundial do Comércio (OMC) e Banco Mundial.
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C |
Organização Mundial do Comércio (OMC), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial;
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D |
Fundo Monetário Internacional (FMI) e Organização Mundial do Comércio (OMC).
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E |
Organização Mundial do Comércio (OMC), Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial e Organização das Nações Unidas (ONU).
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O balanço de pagamentos apresenta as quais subdivisões?
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A |
Balança Comercial, Balanço de Serviços, Transferências Unilaterais, Balanço de Transações Correntes, Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais, Movimento autônomo de capital e Movimentos induzidos de capital.
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B |
Balança Comercial, Transferências Unilaterais, Balanço de Transações Correntes, Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais, Movimento autônomo de capital e Movimentos induzidos de capital.
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C |
Balança Comercial, Balanço de Serviços, Transferências Unilaterais, Balanço de Transações Correntes, Movimento autônomo de capital e Movimentos induzidos de capital.
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D |
Balança Comercial, Balanço de Serviços, Balanço de Transações Correntes, Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais, Movimento autônomo de capital e Movimentos induzidos de capital.
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E |
Balanço de Serviços, Transferências Unilaterais, Balanço de Transações Correntes, Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais, Movimento autônomo de capital e Movimentos induzidos de capital.
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(ENADE) A figura abaixo mostra uma representação gráfica do modelo IS/LM, onde y é o produto e r, a taxa de juros.
O efeito crowding-out, de deslocamento total dos gastos privados pelos gastos públicos,
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A |
leva ao deslocamento da curva LM.
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B |
leva ao deslocamento da curva IS.
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C |
leva ao deslocamento das duas curvas.
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D |
evita o deslocamento da curva IS.
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E |
aumenta a produção e os juros.
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(ENADE) O Banco Central dos EUA implementou, até meados de 2004, uma política monetária bastante expansiva. Tal política dos EUA levou
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A |
à recuperação da produção na economia americana.
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B |
à valorização cambial do dólar em relação a outras moedas.
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C |
à diminuição do superavit comercial brasileiro.
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D |
à contração da demanda agregada americana e mundial, a curto prazo.
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E |
à redução dos preços dos bens comercializados internacionalmente.
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O Setor Externo
Fundamentos do comércio internacional: a teoria das vantagens comparativas
O que leva muitos países a comercializarem entre si? Esta é uma questão básica a ser respondida. Os economistas clássicos fornecem a explicação teórica básica para o comércio internacional através do chamado Princípio das Vantagens Comparativas.
O Princípio das Vantagens Comparativas sugere que cada país deva se especializar na produção daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que tenha um custo relativamente menor). Esta será, portanto a mercadoria exportada, por outro lado este país deverá importar aqueles bens cuja produção implicar um custo relativamente maior.
A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por David Ricardo em 1817. No exemplo construído por esse autor, existem dois países (Inglaterra e Portugal), dois produtos (tecido e vinho) e apenas um fator de produção (mão de obra).
Quant de homens/hora para a produção de uma unidade de mercadoria | Tecidos | Vinho |
Inglaterra
Portugal
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100
90
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120
80
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Em termos absolutos, Portugal é mais produtivo na produção de ambas as mercadorias. Mas em termos relativos, o custo da produção de tecidos em Portugal é maior do que o da produção de vinho, e na Inglaterra, o custo da produção de vinho é maior que o da produção de tecidos. Comparativamente, Portugal tem a vantagem relativa na produção de vinho, e a Inglaterra na produção de tecidos. Segundo Ricardo, os dois países obterão benefícios ao especializarem-se na produção da mercadoria em que possuem vantagem comparativa, exportando-a, e importando outro bem. Não importa aqui, o fato de que um país possa ter vantagem absoluta em ambas as linhas de produção, como é o caso de Portugal, no exemplo acima.
Determinação da taxa de câmbio
Quando dois países mantêm relações econômicas entre si, entram necessariamente em jogo duas moedas, exigindo que se fixe a relação de troca entre ambas. A taxa de câmbio é a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países. Exemplo: dólar pode custar 0,97 de real, 1 libra pode custar 1,27 real etc.
A determinação da taxa de câmbio pode ocorrer de dois modos: institucionalmente, através de decisão de autoridades econômicas com fixação periódica das taxas (taxas fixas de câmbio), ou através do funcionamento do mercado, onde as taxas flutuam automaticamente, em decorrência das pressões de oferta e demanda por divisas estrangeiras (taxas flutuantes).
A atuação Governamental no mercado de divisas: políticas externas
O governo pode atuar através da política cambial ou da política comercial. A política cambial diz respeito a alterações na taxa de câmbio, enquanto a política comercial constitui-se de mecanismos que interferem no fluxo de mercadorias e serviços.
As políticas cambiais mais freqüentes são:
A) Regime de taxas fixas de câmbio;
B) Regime de taxas flutuantes ou flexíveis de câmbio;
Dentre as políticas comerciais externas, podemos destacar as seguintes:
A) Alterações das tarifas sobre importações;
B) Regulamentação do comércio exterior.
A estrutura do balanço de pagamentos
O balanço de pagamentos é o registro estatístico – contábil de todas as transações econômicas realizadas entre os residentes do país com os residentes dos demais países.
Desse modo, estão registrados no balanço de pagamentos, por exemplo, todas as exportações e importações do período considerado: os fretes, os seguros, os empréstimos obtidos no exterior etc. Ou seja, todas as transações com mercadorias, serviços e capitais físicos e financeiros entre o país e o resto do mundo.
O balanço de pagamentos apresenta as seguintes subdivisões:
Balança Comercial: Essa conta compreende basicamente o comércio de mercadorias. Se as exportações FOB excedem as importações FOB, temos um superávit no balanço de comércio; caso contrário temos um déficit.
Balanço de Serviços: Registram-se todos os serviços pagos/ recebidos pelo Brasil, tais como fretes, seguros, lucros, juros, royalties e assistência técnica, viagens internacionais.
Transferências Unilaterais: Também conhecidas como conta donativos, registram as doações interpaíses. Estes donativos podem ser em divisas como em mercadorias.
Balanço de Transações Correntes: O somatório dos balanços comercial, de serviços e de transferências unilaterais resulta no saldo em conta corrente ou balanço de transações correntes. Se o saldo do balanço de transações correntes for negativo, temos uma poupança externa positiva, pois indica que o país aumentou seu endividamento externo, em termos financeiros, mas absorveu bens e serviços em termos reais no exterior.
Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais: Na conta de capital aparecem as transações que produzem variações no ativo e no passivo externos do país e que, portanto, modificam sua posição devedora ou credora perante o resto do mundo.
A conta de capital subdivide-se em duas:
Movimento autônomo de capital, na forma de investimentos diretos de empresas multinacionais, de empréstimos e financiamentos para projetos de desenvolvimento do país e de capitais financeiros de curto prazo, aplicados no mercado financeiro nacional.
Movimentos induzidos de capital, para financiar o saldo do balanço de pagamentos.
Inclui as contas Atrasadas Comerciais (quando o país não paga suas obrigações na data do vencimento) e Empréstimos de Regulamentação do FMI (quando o país tem problemas de liquidez internacional).
Cabe uma observação sobre a rubrica Erros e Omissões. É a diferença entre o saldo do balanço de pagamentos e o financiamento do resultado que surge quando se tenta compatibilizar transações físicas e financeiras.
A regra internacional é admitir para Erros e Omissões um valor de, no máximo, 5% da soma das exportações com as importações.
Organismos Internacionais
As grandes guerras mundiais, assim como os conturbados anos da Grande Depressão, que culminaram com a crise dos anos 30, provocaram enormes perturbações na economia de praticamente todos os países, e por seguinte nas.
(relações econômicas internacionais). Já ao final da Segunda Guerra Mundial evidenciava-se a necessidade de mudanças no sistema de pagamentos internacionais.
Tais eram as preocupações reinantes nos últimos anos da Segunda Guerra Mundial, quando se via no comércio mundial um importante instrumento para potencializar o desenvolvimento do mundo capitalista.
Dentro desse contexto foram criados os três principais organismos econômicos internacionais do pós-guerra:
A) Fundo Monetário Internacional (FMI);
Um dos objetivos principais do FMI é socorrer os países a ele associados quando da ocorrência de desequilíbrios transitórios em seus balanços de pagamentos.
B) Banco Mundial;
Também conhecido por BIRD, foi criado com intuito de auxiliar a reconstrução dos países devastados pela guerra e, posteriormente, para promover o crescimento dos países em vias de desenvolvimento.
C) Organização Mundial do Comércio (OMC);
Foi criada com objetivo básico de reduzir as restrições ao comércio internacional e a liberalização do comércio multilateral. Através do GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), procurava-se estruturar um conjunto de regras e instituições que regulassem o comércio internacional e encaminhassem a resolução de conflitos entre os países. Nesse sentido, o GATT estabeleceu como princípios básicos: redução das barreiras comerciais, a não - discriminação comercial entre os países, a compensação dos países prejudicados por aumentos de tarifas alfandegárias e a arbitragem de conflitos comerciais.
O BALANÇO DE PAGAMENTOS DO BRASIL
O início da contabilização do balanço de pagamentos no Brasil data de 1947, quando os levantamentos eram feitos pelo Banco do Brasil e pela Fundação Getúlio Vargas. Atualmente, essa tarefa é atribuição do Banco Central do Brasil. Desde o início, o saldo do balanço de pagamentos em transações correntes tem sido predominantemente deficitário, o que é considerado natural para economias pobres, que dependem de poupança externa para se desenvolver. Na maior parte do período, os déficits foram decorrência de saldo negativo na conta serviços, pois a balança comercial mostrou predomínio de resultados positivos. A década de 70 constitui a exceção mais expressiva, pois nesse período o país acumulou déficits nos balanços comercial e de serviços. A maior parte das dificuldades na balança comercial dessa época resultou do brusco aumento dos gastos com importação em razão do choque do petróleo ocorrido em 1973.
A crise da dívida externa dos anos 80 fez ressurgirem os superávits comerciais. Essa crise se caracterizou pelo corte abrupto nos fluxos de capitais das nações industrializadas para as menos desenvolvidas. Além disso, os países devedores, em particular os da América Latina, foram submetidos a fortes pressões para pronto pagamento dos créditos tomados no passado. Com isso, foram forçados a adotar programas de ajustamento que tinham como meta obter rápido incremento de divisas para honrar os compromissos externos.
Entre 1990 e 1991, houve uma drástica redução dos investimentos diretos no país, bem como dos empréstimos e financiamentos a longo prazo, reflexo da insegurança dos investidores internacionais quanto às atitudes do governo Collor. De 1992 em diante, a crise de confiança em nosso governo foi superada e o país voltou a captar recursos internacionais em volumes crescentes.
Em julho de 1994, o Plano Real foi implantado. Dentre suas conseqüências, destaca-se a valorização da moeda nacional, que estimulou importações e reduziu exportações. Esse fato contribuiu para nova transformação nas relações econômicas brasileiras com o resto do mundo, deixando o país numa situação muito vulnerável aos movimentos especulativos internacionais.
Estrutura do Balanço de Pagamentos
A. Balança Comercial ( Mercadorias )
· Importações ( débito )
· Exportações ( crédito )
B. Balanço de Serviço
· Viagens ( turismo )
· Transportes ( fretes )
· Seguros
· Rendas de Capitais ( juros, lucros, dividendos e lucros reinvestidos pelas multinacionais ).
· Serviços diversos ( royalties, assistência técnica )
· Serviços governamentais ( embaixadas )
C. Transferências Unilaterais ( Donativos em Divisas ou Mercadorias )
D. Balanço de Transações Correntes ou Saldo em Conta Corrente
( Resultado Líquido de A + B + C )
E. Movimento de Capitais Autônomos ( Transações Monetárias )
· Investimento diretos líquidos ( novas firmas estrangeiras )
· Reinvestimentos ( multinacionais já instaladas no país )
· Empréstimos e financiamentos ( Banco Mundial, BID, bancos privados e oficiais estrangeiros )
· Amortizações
· Capitais de curto prazo
F. Saldo do Balanço de Pagamentos ( Resultado Líquido de D + E )
Estudo de Caso (A definição de preço na prática).
O dia marcado para a reunião era de intensa chuva. Os escritórios da Carly, empresa real com nome fictício, localizada em Santa Catarina, ainda estavam tranqüilos enquanto as pessoas chegavam atrasadas devido ao mau tempo.
Maria Clara, Gerente de Marketing, iniciou a discussão: “ Permitam-me fazer um balanço de nosso progresso com o Novaton. Nós o lançamos há 18 meses num mercado onde não havia produtos concorrentes, e sabíamos que ele seria realmente valioso para os nossos consumidores. Definimos nosso preço inicial em R$ 250,00 por unidade, prevendo vender 5 mil delas no primeiro ano, outras 20 mil neste ano e 40 mil no ano que vem. Sabíamos que, à medida que os consumidores passassem a usar o produto, eles comentariam com outras pessoas. A divulgação boca em boca seria nossa melhor publicidade”.
Fez uma pequena pausa e prosseguiu: “ Sabemos que este produto é realmente bom e que quem comprou está satisfeito. Apesar disso, até hoje conseguimos vender somente 492 unidades. E agora ficamos sabendo que a Theru está preste a lançar um produto concorrente chamado T-200. Alguns de nossos distribuidores já o viram e dizem que é tão bom quanto o nosso. A Theru avisou os distribuidores que seu preço ficará 15% abaixo do que praticamos. Em outros mercados onde enfrentamos a Theru, tivemos que ser realmente agressivos em corte de preços para que pudéssemos manter nossa participação, desta vez, gostaríamos de nos antecipar a eles e usar uma estratégia preventiva”.
A diretora comercial da Maria, Neusa de Oliveira, concordou e disse: “ O que você sugere? Não esqueça que nos comprometemos com metas altas de lucro para este ano. Não gostaria de dizer à divisão que não vamos cumpri-las, especialmente tão cedo no ano”.
“ Bem, o que propomos é o seguinte ”, começou Maria. Uma vez que no passado a Theru sempre rebaixou os preços, vamos cortar preços antes deles e tornar mais difícil competir conosco. O corte que propomos e de 30%. Para mantermos a lucratividade vamos cortar gastos com publicidade. Além de desencorajar a Theru, supomos que o preço mais baixo será tão atraente que o volume de vendas irá disparar, excedendo o nível de lucro projetado para este ano.”
Neste momento, Robson Fine, gerente de produtos, entrou na discussão e perguntou qual era o nível de reconhecimento do público em relação ao Novaton. Maria não soube responder, mas sua secretária chamada Luciana Nego encontrou uma pesquisa de mercado indicando que o reconhecimento era de 25%.
Neusa hesitou: “Alguém aqui sabe se a Theru construiu instalações para fabricação do produto deles?”. Moacir, gerente de manufatura, respondeu: “Tenho a informação de um vendedor, de que eles compraram duas máquinas para um projeto secreto. Pelo tamanho das máquinas, a capacidade seria de cerca de 40 mil unidades por ano, quase 60% de nossa capacidade”.
Neusa quis saber como eram os custos da Theru, e também se a concorrente seria capaz de ganhar dinheiro se os preços do Novaton fossem rebaixados em 30%.
Com base em nossos custos, e no fato de que a Theru está investindo 2 anos depois de nós, acreditamos que a concorrente terá uma margem de 3% sobre as vendas, informou Eduardo que na equipe desempenhava o papel de especialista em inteligência competitiva e pesquisa de mercado. “ Porque fomos os primeiros a entrar no mercado e os consumidores nos conhecem melhor; pensamos que a Theru não conseguirá uma participação suficiente que justifique sua entrada, acrescentou”.
“ Concordo”, disse finalmente Neusa. “Vamos reduzir os preços. Sabemos que a Theru sempre faz isso e está claro que não estamos atraindo o consumidor para o nosso produto porque estamos cobrando caro demais. Mantenham-me a par do andamento das vendas. Precisamos manter nossos níveis de lucro em crescimento”.
Reunião concluída, Maria se retirou para definir uma nova lista de preços e passá-la à força de vendas. A caminho de seu escritório, ela deu uma passada na sala do gerente de impressão e solicitou que ele interrompesse toda a divulgação do Novaton.
Diversas observações pertinentes sobre definição de preços podem ser levantadas em relação a este caso, classifique-as por ordem de importância e apresente soluções para os proplemas levantados.
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